[TRAD] Entrevista com Joshua para os folhetos dos shows ‘Say The Name’ no Japão.

Publicado por Belle em ENTREVISTAS, TRADUÇÕES
02 Mar

Eu sou da Califórnia, nos EUA. Até eu me tornar um trainee na Coreia, eu vivi em Los Angeles durante 18 anos. Meu pai e minha mãe imigraram para os EUA separadamente quando estavam no ensino médio. Embora minha imagem no SEVENTEEN seja de ‘cara engraçado’ ou ‘cara inteligente’, quando estava nos Estados Unidos, eu era um garoto quieto. Eu falava bastante na frente dos meus amigos, mas perto de um estranho, eu era bem quieto. Essa é minha personalidade. Cantar na frente de muitas pessoas era assustador e impossível. Eu não conseguia nem imaginar. (risos)

Minha memória de infância com minha família é subida à montanha. Já que minha avó gosta de caminhar, nós três, com a minha mãe, fazíamos uma caminhada pela montanha perto de nossas casas toda semana. A estrada era difícil. Mas minha família é muito divertida, então isso se tornou uma memória feliz.

Além disso, tenho memórias de brincar com meus amigos. Eu ia para casa deles brincar, mas minha mãe nunca me deixava passar a noite, porque sempre tínhamos muita coisa para fazer em casa. Embora naquela época os videogames fossem muito populares, eu não gostava muito. Preferia assistir filmes ou ler livros.

Desde o primário, minha matéria favorita é Inglês. Eu aprendia a gramática na aula, mas eu também lia muitos livros. Eu li todos os livros de ‘Harry Potter’ até o Ensino Fundamental. Eu também gostava de Crepúsculo, da Stephenie Meyer. Meu gênero favorito é fantasia. Eu passava muito tempo sentado, lendo livros. Eu conseguia ler qualquer coisa na biblioteca, além dos lançamentos. Eu não conseguia comprar qualquer livro de capa dura naquela época, porque eles eram muito caros.

Eu também não gostava muito de esportes. Os esportes populares entre meus amigos eram futebol ou basquete, mas eu não os achava divertidos. Quando eu estava no ensino médio, eu engordei m pouco, então decidi começar a me exercitar. Eu lembro que fazia muitas flexões para fortalecer meu abdômen. Todo dia, eu corria por três horas, e comia apenas vegetais e peito de frango. Graças a isso, eu perdi aproximadamente 5kg.

O lugar onde meu coração encontrava conforto era na igreja. Desde pequeno, meus pais me levavam a uma igreja cristã que era frequentada por muitos coreanos. Meu nome em inglês, Joshua, também vem de lá. Eu tinha muitos amigos que iam para a igreja toda sexta e domingo, e eu sempre ficava ansioso para encontrá-los. Lá, eu ganhei meus apelidos: “cavalheiro” e “tem um oppa gentil na igreja” (risos).

A primeira vez que eu aprendi a tocar violão também foi na igreja. Eu fazia parte do coral da igreja desde o primário. Eu vi meu sunbae tocando violão e achei muito legal. Eu era apaixonado por música acústica, embora eu nunca tenha aprendido de verdade. Eu aprendi o básico com o meu sunbae, depois procurei um vídeo “como tocar violão” e aprendi por mim mesmo. Eu ouvia as músicas do cantor de R&B, Jeff Bernet, achava os acordes e tentava tocar. O violão que meus pais me deram como presente de aniversário era meu tesouro, mesmo que naquela época eu não soubesse exatamente que tipo de música eu queria tocar. Meu pai era um gerente de uma empresa e minha mãe, médica herbalista. Quando eu olhava para a vida ocupada deles, eu pensava: “Será que eu também irei para o ramo dos negócios no futuro?”.

Minha vida mudou no dia que fui no Festival Coreano, realizado pela Korea Town uma vez por ano. Enquanto eu estava andando com meus amigos, alguém apareceu e me perguntou: “Você tem algum interesse em K-POP?”. Foi assim que fui chamado. Eu achei: “Wow, se eu passar na audição, eu poderei ir para a Coreia de graça e ter a experiência de vida como trainee! Isso parece legal!”. Eu também lembro ter respondido “Eu irei tentar”, com o coração leve. Naquela época, KPOP já era popular nos EUA, e meus amigos gostavam de Big Bang, DBSK, SHINee e EXO. Mas eu não sabia quase nada, além dos nomes. Se alguém me dissesse: “Essa música tem a melhor coreografia”, enquanto assistia os vídeos na internet, eu apenas olharia e diria “É verdade.” Eu não sabia os detalhes. Na igreja, eu só tocava rock gospel, então K-POP era um mundo desconhecido.

Mas logo depois disso, um pouco antes de voltar para os EUA, depois de ter testado e feito as aulas de canto e dança, a pessoa responsável na época me disse: “Se virmos algum potencial em você, iremos entrar em contato.” Eu mudei de ideia; queria voltar para lá novamente. O sonho de me tornar um idol cresceu dentro de mim. Então quando a empresa entrou em contato comigo novamente, eu fiquei muito feliz.

O período de trainee foi mais cansativo do que eu achei que seria. Até eu me acostumar, eu ficava me comparando com as outras pessoas. Músicas que eu tocava na igreja e K-POP eram completamente diferentes, e eu não conseguia me exercitar bem em primeiro lugar. Eu não conseguia dançar, só conseguia pensar: “Eu não tenho senso nenhum” (risos). Quando estava nos EUA, eu falava coreano e inglês: coreano em casa e inglês na escola, por isso eu não conseguia falar coreano com muitos detalhes. Tive bastante dificuldade em memorizar as letras em coreano.

Naquela época, meus amigos trainees me salvavam. Toda vez que eu perguntava sobre como ler coreano, como pronunciar, ou cantar, eles me ajudavam gentilmente. As aulas de dança também eram divertidas. Quando meus outros membros estavam dando duro, eu pensava que também precisava trabalhar bastante. Agora eu consegui superar minha dança e meu coreano; embora eles não sejam bons o suficiente, pelo menos não são vergonhosos.

Já faz três anos que eu vim para a Coreia e vivo em Seul. O garoto tímido que havia em mim nos EUA mudou 180 graus quando vim para Coreia. Toda vez que vejo pessoas brilhantes ao meu redor, como Dokyeom e Seungkwan, eu penso: “Eu os invejo, quero ser como eles também.” E, então, sem que eu me desse conta, minha personalidade naturalmente mudou. Acho que é assim que as pessoas mudam.

SEVENTEEN, para mim, é minha família, meu sonho e meu futuro. Para mim, que veio sozinho para Coreia, é uma existência preciosa como a de uma família. Eu também sou filho único, então fico feliz de ver que consegui tantos irmãos de uma vez só. Embora agora fazer atividades com todos os membros seja divertido e eu não tenha planos de atividades solo, ninguém sabe se um dia eu irei ter a chance. “Vamos com o fluxo” é meu estilo.

Se eu pudesse escolher um sonho que gostaria de realizar seria que o SEVENTEEN fizesse um show solo em minha cidade natal, Los Angeles. Meus amigos nos EUA estão pensando: “Nunca nem imaginei que o Joshua seria uma celebridade, mas agora ele é uma estrela na Coreia” e ficam fascinados com isso (risos). A Coreia e EUA tem uma grande diferença de fuso horário, por isso é difícil de se comunicar em tempo real. Mas eles estão me apoiando de longe. Um dia, quero me apresentar e cantar na frente deles.

TRAD
jp/cor: _J_Kei
cor/ing: svtrabbits
ing/pt-br: Lais – Seventeen Brasil

COMENTÁRIOS